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Saiba porque devemos apoiar a privatização dos Correios



Correios registram em 2019 lucro de R$ 102 milhões


Os Correios registraram lucro líquido de R$ 102,1 milhões em 2019, segundo balanço divulgado no Diário Oficial da União. O resultado ficou 36% abaixo do lucro de R$ 161 milhões obtido em 2018.


Trata-se do 3º ano seguido de resultados no azul após 4 anos de prejuízos.

Segundo o balanço, com o lucro obtido em 2019, o prejuízo acumulado da estatal foi reduzido para R$ 2,412 bilhões.


A receita líquida da estatal avançou 0,99%, somando R$ 18,3 bilhões.


Entre os destaques positivos no ano, o balanço cita o avanço de 7,82% na receita do segmento de encomendas e de 40,83% no segmento internacional. “Isso representa, respectivamente, incremento de R$ 660 milhões e 267 milhões em relação a 2018, apesar da diminuição de R$ 413 milhões na receita de mensagem e de R$ 162 milhões em logística”, informou os Correios.




Os Correios estão na lista de estatais que o governo do presidente Jair Bolsonaro pretende privatizar, mas que depende de alteração legislativa e até mesmo mudança na Constituição, uma vez que a empresa detém por lei o monopólio da prestação do serviço postal no país.


Há pouco mais de uma década, os Correios eram considerados a instituição mais confiável do país. A certeza de que uma carta ou encomenda chegará às mãos do destinatário já não existe mais. Atualmente, quase todo mundo tem uma história de pacote perdido para se queixar dos Correios. Não é à toa. O relatório de uma auditoria da Controladoria Geral da União (CGU), que fez uma avaliação da estatal no segundo semestre do ano passado, revela a dimensão dos problemas de logística da empresa. Em apenas seis anos, a quantidade de indenizações pagas pela estatal por atrasos, extravios e roubos aumentou 1.054%, chegando a um prejuízo de R$ 201,7 milhões somente com perdas de encomendas em 2016. O dado mostra não apenas a queda na qualidade do serviço, mas evidencia como a crise tem uma característica autofágica: acumulando perdas financeiras há três anos, os Correios não têm recursos para investir na própria infraestrutura para recuperar a confiança em sua operação.

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